terça-feira, 25 de janeiro de 2011

D.CEGONHA


A lezíria acordou cedo
Já é grande a confusão
O almoço não está azedo
Querem todos uma refeição.


Sr. Coelho sai a saltitar
Molha as patitas na geada
Mas não consegue esperar
Que a fome é já apertada.


Lá vem a D. Cegonha
De papo bem levantado
Mas hoje vem enfandonha
Tráz até um ar bem amuado.


Anda pela lezíria vaidosa
Mora num vigésimo andar
Morada até perigosa?!
P'rós filhotes a chegar.


De vez em quando espreita
P'ra ver Sr. Sapo saltar
Já é tarde quando se deita
Mas sonha à lezíria voltar...


Ai Jesus! Grita o Sr. Sapo!
Todo ele em alvoroço
D. Cegonha e seu papo
Preparam-se para o almoço.


E logo passa por ali
D. Doninha acompanhada
Ai Jesus! Que mesmo aqui
Vai ela atravessar a estrada.


Logo ali uma algazarra
Até foge a D. Libelinha
Também a D. Cigarra
Esqueceu a fome que tinha.


Foi tamanho o alarido
Que ao rio Sr. Sapo caíu
Mas que almoço tão sofrido
Molhou-se está cheio de frio.


O rato do campo foge
E evita a confusão
E diz:
Meu Deus que dia o de hoje
Quase morri do coração.


D.Cegonha extenuada
Vai para casa de para-pente
No papo n ão leva  nada.
E já nem sabe o que sente.


Chega de pronto a Lua Cheia
Descansada está então
A barriga não está cheia

Mas já passou a confusão.

Cá em baixo, há grandes sustos
Muitos olhos a brilhar...
Por entre aqueles arbustos
Há morcegos a voar...


natalia nuno
rosafogo

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