“O melhor, D. Cegonha”,
-Diz-lhe a avisada Coruja,
“É esperar que a noite ponha
A lavar a roupa suja…
E amanhã, quando for dia,
Então volte a procurar
Comida da mais sadia,
Mas nunca no doce lar
Onde os meus meninos dormem
Tão lindos, que até dá gosto!
Além disso, o que eles comem
Põe qualquer um mal disposto!
Por isso, querida prima,
Vá pra longe, não se tente!
Se me tem alguma estima,
Não lhes aferre o seu dente!...”
…
E a noite passou, coitada,,
Em escuras roupas de lã
Que lavou na madrugada
E pôs ao sol, de manhã…
Outro dia noves fora
E a Cegonha a sentir
A barriga a dar a hora
E nenhum bicho a bulir…
Cá em baixo, na lezíria
Fizeram todos feriado,
Nem o Sr. Falcão saíra
Com medo de ser caçado…
O pior é que assim
Instalou-se a epidemia:
No ninho, mata ou jardim,
A fome, que dores fazia!!
“-Isto assim não pode ser!”
Gritou o compadre Sapo.
“Algum modo deve haver
De enchermos todos o papo
Sem entrarmos em guerra feia,
Que todos somos amigos!
Proponho uma assembleia,
Saiam já dos seus abrigos!”
…
Lá vieram, um a um:
O Coelho a pé-coxinho:
(Tinha dado um catrapum
E agora estava manquinho…)
A Cegonha, a segurar
Um bebé tão rosadinho:
(Qu’inda tinha que entregar
Lá prá tarde, bem cedinho!...)
O Sapo, a espirrar,
Que se tinha constipado:
(É nisto que dá nadar
Na água fria, coitado!...)
A Libelinha, a esfregar
Os olhos cheios de sono:
(Passara a noite a caçar
Azeda mosca sem dono…)
A Cigarra, a cantar
Cantigas de mal-dizer:
(Por a Doninha espalhar
Perfumes de mau-feder…)
O Rato, a complicar
E a querer roer a corda:
(Dizia que a falar
Não é que a gente engorda!..)
Mas…
Todos juntos, numa roda,
Decidiram a questão…
Criaram uma nova moda:
Cada um come só pão!
Para isso, mãos à obra,
Há que plantar pra comer,
E até a dona Cobra
A ceifar foi aprender…
Depois disso, na lezíria,
Ninguém come o vizinho
-Diz-lhe a avisada Coruja,
“É esperar que a noite ponha
A lavar a roupa suja…
E amanhã, quando for dia,
Então volte a procurar
Comida da mais sadia,
Mas nunca no doce lar
Onde os meus meninos dormem
Tão lindos, que até dá gosto!
Além disso, o que eles comem
Põe qualquer um mal disposto!
Por isso, querida prima,
Vá pra longe, não se tente!
Se me tem alguma estima,
Não lhes aferre o seu dente!...”
…
E a noite passou, coitada,,
Em escuras roupas de lã
Que lavou na madrugada
E pôs ao sol, de manhã…
Outro dia noves fora
E a Cegonha a sentir
A barriga a dar a hora
E nenhum bicho a bulir…
Cá em baixo, na lezíria
Fizeram todos feriado,
Nem o Sr. Falcão saíra
Com medo de ser caçado…
O pior é que assim
Instalou-se a epidemia:
No ninho, mata ou jardim,
A fome, que dores fazia!!
“-Isto assim não pode ser!”
Gritou o compadre Sapo.
“Algum modo deve haver
De enchermos todos o papo
Sem entrarmos em guerra feia,
Que todos somos amigos!
Proponho uma assembleia,
Saiam já dos seus abrigos!”
…
Lá vieram, um a um:
O Coelho a pé-coxinho:
(Tinha dado um catrapum
E agora estava manquinho…)
A Cegonha, a segurar
Um bebé tão rosadinho:
(Qu’inda tinha que entregar
Lá prá tarde, bem cedinho!...)
O Sapo, a espirrar,
Que se tinha constipado:
(É nisto que dá nadar
Na água fria, coitado!...)
A Libelinha, a esfregar
Os olhos cheios de sono:
(Passara a noite a caçar
Azeda mosca sem dono…)
A Cigarra, a cantar
Cantigas de mal-dizer:
(Por a Doninha espalhar
Perfumes de mau-feder…)
O Rato, a complicar
E a querer roer a corda:
(Dizia que a falar
Não é que a gente engorda!..)
Mas…
Todos juntos, numa roda,
Decidiram a questão…
Criaram uma nova moda:
Cada um come só pão!
Para isso, mãos à obra,
Há que plantar pra comer,
E até a dona Cobra
A ceifar foi aprender…
Depois disso, na lezíria,
Ninguém come o vizinho
Juro que não é mentira!
E até brindam com vinho!!!
Estes versinhos são da minha amiga Sterea, que gentilmente
continuou a minha história colocada aqui com o nome de D. Cegonha.
Para ela toda a minha estima e admiração e obrigada porque embelezou aqui
o meu espaço prá criançada.
Não consegui encontrar uma Cegonha, vou continuar a procurar.
As figurinhas foram retiradas do blog : imagens de decoupage.
As figurinhas foram retiradas do blog : imagens de decoupage.
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