sábado, 18 de fevereiro de 2012

A MANELINHA E O VERDILHÃO



Era uma vez uma cerejeira frondosa
e com cerejas vermelhinhas, bem cheiinha!!!
Deliciosas.


Ora andava ali perto a Manelinha
que ficou surpreendida.
Seria capaz de apanhar alguma?
Esticou-se muito para ver se ficava mais comprida
Mas não conseguiu apanhar nenhuma.
Até que teve uma ideia!
E começou numa corrida
Foi até a casa, pegou numa cadeira
e foi de novo à cerejeira.


Ora agora muito bem,
com cuidado, já lá chegava a uma pontinha
Mas e onde colocava as cerejas?


Ai esta menina Manelinha!!!


Para que vejas...
Lá vai ela a casa de novo,
buscar um chapéu de palha
pequenino...nele não cabia nem um ovo!
Ai Deus me valha!!!


Bem... fez um montinho de cerejas no chão
E pensou...vou-me deliciar!
*****
Só que andava ali à espreita
Um vistoso verdilhão...
Só a espreitar...a espreitar...
Para as cerejas ir debicar.
*****

Hum...que apetite, que festim!
Diz o verdilhão contente.
Tanta cereja prá gente!


Mas que grande folgazão!
Diz a menina ao verdilhão:
Vá lá não te assustes, podes comer,
as cerejas chegam para ti e para mim,
e nos ajudam a crescer.
Assim,
dividindo as cerejas com o passarinho
a menina ficou feliz, afinal ...
valeu a pena o trabalho! Fez bem em não desistir
eu cá também acho!
Era uma pena ter as cerejas ali à mão
bem vermelhinhas e não dividir,
com o amigo ...o passarinho verdilhão,
que é muito brincalhão,  e saltita daqui
para ali...
E para a Manelinha é mais uma surpresa
sempre que ele aparece...
Os dois gostam muito da Natureza
E cuidam-na que ela merece!

É a natureza que:

Dá-lhes a água da ribeira
O sol que os aquece.
Os frutos da cerejeira
E também os da macieira
E as laranjas da laranjeira?
Ah... e o chão macio pra as canbalhotas,
a brincadeira.


Dão voltas e reviravoltas
Sentem-bem ali na horta verdinha
No céu passeiam-se as nuvens soltas
Enquanto brinca o verdilhão e a Manelinha.


E assim acaba o domingo que esteve ensolarado,
fechei a porta com muito cuidado
e fui até à horta,
para ver se estava tudo regado.
É que as plantinhas e as árvorezinhas, têm mesmo que ser regadas,
cuidadas,
bem, fui logo p'la manhã,
apanhei salsa e hortelã,
e também erva cidreira,
foi então quando vi a menina
a apanhar cerejas da cerejeira.


E foi lindo ver o à vontade
da Manelinha e do passarinho verdilhão,
como eles fizeram amizade,
Como foi tão bonito! Tão....


Foi mais uma estorinha, esta arrancada da imaginação, só para ver se os meninos gostam e lhe dão
atenção.


natalia nuno
rosafogo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A HISTÓRIA DA FIGUEIRINHA



Hoje lembrei duma figueirinha muito especial, então resolvi contar a
história bem real.


Era uma figueirinha, a tantas igual
Foi plantada no tempo dos bisavós
Mas em dia de temporal
Foi arrastada pelas águas
Ficando no meio do rio
A sós...!
Porém,
tinha a raíz bem forte
ficou sempre à terra ligada
e ninguém
conseguiu dali arrancá-la.
Nem o vento do norte!
Pois tinha a amizade da menina a segurá-la.


A figueirinha que vos falo, era
bem mimosa, ostentava suas verdes folhas
e seus belos figos roxos...
Na Primavera,
lá ía sua amiga a menina com quem conversava.
A menina ao tronco trepava, sentava-se,
e a figueira a convidava a comer seus figos roxinhos.
A menina agradecia, comia
e repartia com os peixinhos...
Ah! E também com os passarinhos...,
que por alí perto nos salgueiros tinham os ninhos.
A menina e a figueira eram então muito amigas,
em troca dos figos a menina cantava-lhe cantigas
com muito amor,
a música vinha do rumor
das agúas do açude,
que caíam em catadupa, brilhando ao sol da tarde...
Ah! Como a menina tem saudade...!


Molhava os pés...e ria...ria com alegria.
Ali só estava ela a figueirinha e por companhia
os peixinhos, e os passarinhos.
Durante muitos anos sempre houve esta amizade
Todos compartilhavam suas vidas,
a menina e a sua ansiedade...
queria ser grande ter mais idade!
Os salgueiros queriam suas hastes, robustas mais crescidas.
O rio enlouquecia por chegar ao mar
Os passarinhos de ramo em ramo não pararam de saltitar.
O açude esse continuava a cantar, melodias de encantar,
e a figueirinha...essa, esperava p'la menina, sempre na ânsia de a ver regressar.


Lá ficou no meio do rio, aguentando as investidas
do temporal.
E foi assim tal qual!
Um dia já cansada
de esperar se deixou adormecer,
e assim, p'la água foi levada
acabou por morrer...



Mas não fiquem tristes...
Pois...valeu a pena prá figueirinha viver,
sempre  teve bons amigos, viveu feliz
e hoje a menina a recorda com muita ternura.
E assim ERA UMA VEZ...uma figueira diferente
Que dava figos com doçura,
para a menina sómente...!
Que os repartia com os passarinhos
e com os peixinhos,
que também a sua falta sentiram.
E os meninos se admiram?
Foram tempos de muito amor e união!
E que ainda hoje a menina lembra e traz no coração.

São recordações pois então...
gale franey,imagensdecoupage.blogspot.com/


Agora deixa-se na margem a olhar
para aquele lugar,
lá está o rio a murmurar
E ela tudo ainda ama...
E parece-lhe ouvir a figueirinha
que por ela chama!


À próxima virei contar-lhes outra história verídica,  duma menina e seus amigos de escola.
Quem contou a história?
A RITA... claro, a que tem no cabelo uma fita, a que não pára de sonhar...por isso tanta história tem para vos contar.


natalia nuno
rosafogo
imagens do blog imagens para decoupage