sábado, 7 de abril de 2012

O TÓ E O CÃO NARUK




O TÓ é um menino que apascenta as cabrinhas, leva-as todos os dias aos pastos verdes
para que elas fiquem felizes e encham a barriguinha, depois...bem lá para a tardinha regressa
a casa onde o espera o avô afim de procederem à ordenha.


O TÓ, tem muitos amigos lá na sua aldeia
mas sonha que há-de ir para a cidade
pois é um estudante de mão cheia
e logo, logo, terá mais idade!


Ah...mas ainda não partiu
e já sente que vai ter saudade
Dos prados, do rio...
E dos amigos por quem tem muita amizade.
Às vezes conversa com o amigo RUI
e lhe confessa ...olha RUI eu já estou com saudade
e ainda não fui...
Diz o RUI, arranjaremos maneira de cá voltar
talvez na primavera
Vamos os amigos todos juntar
pois a nossa amizade é sincera.


O avô do TÓ já procedeu à ordenha
há leite fresquinho,
para beber e fazer bom queijinho.
Hoje o avô está feliz pois nasceram
dois cabritinhos,
com tão poucas horas de vida
já andam aos saltinhos.
Amanhã já vão ao pasto com o TÓ
e assim o menino com tanto amigo
nunca se sente só.


lindos cachorros
Ah...já me esquecia...
É que o cão NARUK,
Também faz muita companhia.
Não deixa tresmalhar as cabrinhas
trá-las todas sempre juntinhas.
E faz  ão...ão...ão...!
Vai latindo sem parar
Como quem diz: por aí não...por aí não!
Fazem favor de voltar!
É uma grande ajuda que o TÓ tem
e é um grande amigo também!


Ora bem, quem nasceu na aldeia
não esquece nunca os dias ensolarados
as árvores em flor
o cantar dos pássaros em liberdade
Os amigos amados
O seu primeiro amor
E tudo lembra para sempre com saudade.


As primeiras letras e algarismos,
o primeiro professor...
A escola branquinha com risca amarela
E a secretária onde se sentava, junto dela.
Lembrará o quadro, e o adro,
as brincadeiras à apanhada
e as ruas estreitinhas da terra amada.
As hortas, e as festas tradicionais
Os foguetes a banda, não esquecerá jamais.


Mas o TÓ vai crescer e tomar rumo na vida
leva no coração a terra querida
e quando tiver netos, vai contar-lhe a sua história
e tudo o que guarda na memória.


Espero que os meninos que ouvirem a história, não se esqueçam do TÓ
pois na verdade é um menino com muitos bons sentimentos, sempre pronto a ajudar
na lida do campo os avós que o ajudam também a crescer, dando-lhe lições de vida.


rosafogo
natália nuno

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A LAURINHA E O AVÔ QUIM




A LAURINHA olha atentamente o avô Quim que anda a semear os coentros,
num canteirinho virado ao sol, e abrigado do vento. Ao lado está o canteiro
das ervilhas de cheiro e bem colorido já ... está o preferido do avô que é
o canteirinho das alfaces verdes e roxas, crescendo dia a dia que dá gosto ver...
Mas a menina se preocupa com a saúde do avô e acha que ele deve estar cansado.


Ai avô... quem dera ter uma horta assim!
Para plantar coentros salsa e alecrim...
Mas claro tenho que aprender
E é contigo se me quiseres ensinar,
eu prometo merecer,
e quando souber plantar e cuidar
Aí sim... já tu podes descansar!


O avô QUIM, ficou bem animado,
com a oferta da LAURINHA
Ui...suspirou de tão cansado!
Sentou-.se perto da sua netinha,
contando-lhe muitas histórias de quando era
da sua idade...e,
ai como a lembrança lhe trazia saudade!!!
Até uma lágrima rolou
no rosto do avô.


Então lembrou que em pequenino,
tinha um burrinho
Que o transportava a caminho
da horta, outras vezes o levava pela arreata.
Cinzento era o burrinho, côr de prata!
E olhos meiguinhos, lá ía com passos miudinhos,
ao encontro de seu avô,
enquanto a avó ficava em casa cozinhando
o almoço.
E de novo suspirando
diz o avô com saudade: ai... como eu era tão moço!


espantalho decoupage




Conta que com paciência seu avô
lhe ensinou
a fazer um assobio
com uma cana verde que apanhou perto do rio.
A menina ouviu...ouviu...
e não desistiu, com olhar sorridente,
ao contrário do olhar sombrio
do avô QUIM disse:
Avô um dia, vou contar aos meus netos
que tu eras muito meu amigo, que eu
era a neta a quem davas mais afectos.


E assim num abraço apertado a LAURINHA,
demonstrou o seu amor pelo avô, e nunca vai esquecer as lições sobre horticultura.
Quando florirem os seus canteiros de cheiros e de flores que tratará com ternura,
levará também para a avó MARIA
que ficará tão contente, que a abraçará com alegria.


Finda esta estória aqui, mas já vinha aí a saltar um CABRITINHO que acabou de nascer, e a LAURINHA, vai voltar para outra estória contar, pois é verdade...é que ela também gosta muito dos animais, e lá na quinta eles nunca são demais. Há galinhas no poleiro, e ovelhinhas a pastar, a comida está no celeiro e não convém acabar, mas a natureza tudo nos dá... devemos aquietar-nos...e aceitar  o que nos é dado... a cada dia que passa e assim sermos felizes com a ajuda de Deus!


susan-van-horn-344






















natalia nuno
rosafogo

todas as imagens são retiradas do blog imagens para decoupage.