quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A MENINA PAPOILA


ERA UMA VEZ...

Uma frágil florzinha
a PAPOILA no campo suspirava
E o vento vinha
Assobiava, a saudava
e abalava!

Tinha nas pétalas o encanto
Cristalino era seu pranto!
Feito de orvalho!
Tinha um sonho  louco...
O tempo passava...
e a florzinha a pouco e pouco
crescia e sonhava.

Vivia perto do lago
À noite ficava aberta
Da lua recebia o afago
De dia o quente do sol era oferta.
Veio o Inverno ficou despida
Foi-se a tenra mocidade
Que triste sua vida
A florzinha vive agora com saudade.

Olha o céu na esperança
De voltar na primavera
Ser de novo criança
Assim sonha e espera.
Cai a sementinha ao chão
Fica um tempo adormecida
Vem o sol e lhe aquece o coração
Volta de novo à vida

Floresce, floresce
Cresce cresce...
E bem colorida, vermelha e amarela
não há outra como ela
tão bela!
Enche o campo de alegria
Andam à sua volta os passarinhos
o melro e o colibri
Enchem-se de sol os caminhos
E a lua lhe diz:
Me lembro de ti!

As plantinhas do campo são frágeis, suas flores simples, modestas, mas muito coloridas, atapetam o
chão com cores variadas que encantam os nossos olhos. Os meninos gostam de levar um lanchinho e
passeando p'lo campo podem ficar maravilhados com tanta beleza.
Esta florzinha se chamava papoila, isso mesmo, papoila bem conhecida e bem vermelhinha de fazer inveja às flores do jardim.

rosafogo
natalia nuno
imagens do blog imagens para decoupage.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A BOLA DE TRAPOS




Lembram-se do menino que tinha uma bola de trapos?
Pois é irmão desta menina que se chama Ritinha.


E... Zeca se chama o menino!
Traz sempre com ele a bola de trapos
E nos pés nem sempre sapatos.
Tem  a sua táctica a jogar
Diz-se o melhor jogador!
Mas o que mais quer é brincar
Faça frio ou calor.


O Zeca mora num lugarzinho
Da escola é bem pertinho
Tem por lá muitos amigos
E todos têm uma bola
Ah...mas como a dele
nenhuma tão bem rebola.
E quando atira à baliza
É golo na certa!
Pois o Zeca nem precisa
de muita pontaria
acerta sempre p'la certa,
é verdade sempre acerta...
e então...faz uma gritaria de contente!
E alegra toda a gente.


***********........************
GOLOOOOOO! É GOOOOOLOOOO...


A Ritinha que tanto gosta de dar
comida aos passarinhos,
fica quase a chorar,
porque o Zeca espanta os pobrezinhos.


Mas ele diz-lhe baixinho ao ouvido
Desculpa Ritinha...
Não quero ver-te com essa tristeza!
Vais ver, que os passarinhos, voltam com certeza.
Enquanto isto, os amigos desesperam
à espera do Zeca,
Querem ver a bola no ar
E aos pés não dão descanso
E lá vai o Zeca mais uma vez rematar.


*************.........**********
E... é GOLOOOOO! É GOOOLOOO....


Ah!...Se o arco-íris não avisasse
que está prestes a chover...
Talvez o jogo ainda não acabasse
e o Zeca iria ganhar ou perder?
Quem adivinha?
E também a  Ritinha o desculpasse,
pois os passarinhos
a menina não voltou a ver.


É todos os dias a mesma brincadeira
e lá vai rebolando a bola
Para o Zeca e os amigos não há canseira!
Rebola a bola rebola!
São artistas com imaginação
Têm sempre a bola à mão
Mas é com os pés,
que correm a aldeia de lés a lés.


O arco-íris passou
E assim não choveu e ele não incomodou
O jogo afinal terminou
E sabem os meninos quem ganhou?
O Zeca, claro está!
Assim o sol, esta estória espreita!
Porque é de alegria e companheirismo
que ela é feita.


Estes meninos do lugarzinho distante, não têm playstation, então brincam livremente na rua da sua aldeia, são meninos alegres que gostam do convívio dos amigos, apanham ar puro, gozam o calor do sol, e não se isolam, por este motivo nunca serão meninos tristes.


AS AMIGUINHAS DO ZECA, A RUTE E A NANDA, moram mesmo ali ao lado, às vezes até conversam à janela.

natalia nuno
rosafogo
Imagens retiradas do blog imagens para decoupage.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A FESTA DAS BORBOLETAS

De manhã, fui passear ao jardim
Caminhei...fui andando até
que perdi um sapato.
É verdade, acreditem em mim!
Então não é
que me distraí!
E sabem porquê?
É que havia tantas borboletas
vistosas,
de mil tons, bem coloridas!
Voejavam sobre as rosas,
Dava gosto de ver
Todas muito bem vestidas.

Era dia de festa,
As borboletas festejavam a primavera
e riam riam muito porque eu
por ali o sapato perdera.
Mas eu não me importei que rissem
Os sapatos nem eram meus
foi um amigo que mos emprestou
Mas só queria que vissem
Ai valha-me Deus!
A confusão que ali se gerou!

Já não eram só borboletas,
eram também joaninhas
e também umas abelhinhas
Todo o mundo a comentar
Como é que iriam o dono do sapato achar.

Mas logo chego eu apressado
Com pé descalço, outro calçado
E cansado de caminhar...

Ora bem, não fui eu que perdi o sapato
Ele é que se perdeu de mim
ao atravessar o regato!
E ao chegar ao jardim
havia tanta beleza para admirar
que me deixei neste lugar
e nem sequer dei p'la falta do sapato.

Era tempo de retomar a viagem
Sem olhar a minha imagem
Parti!
Encantado com o bailado
que ali vi.
Descobrir o mundo dos insectos
é o meu passatempo predilecto.

O João é um menino muito interessado p'la natureza, gosta de observar tudo com muito cuidado, mas depois fica tão absorvido com o que seus olhos admiram que esquece tudo o resto, já não é a primeira vez que se esquece, da última ,deixou por lá um caderninho de estórias  que pensava partilhar com outros meninos. Ah...mas não desistiu, e,
tanto procura que um dia vai achar
e contar-nos tanta estória de encantar,
bonitas de nos fazer sonhar!

natalia nuno
rosafogo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PORQUE CHORAS NUVENZINHA?



HOJE É A RITA QUEM CONTA UMA HISTÓRIA, ora escutem com atenção! Psiuuuuu, silêncio, vamos lá ouvir....

Já choram as nuvenzinhas!
Hoje acordaram cinzentas,
birrentas e desataram a chorar.
Com lágrimas tão grandes que como cristais
cairam por terra a brilhar.

Porque choras tu nuvenzinha?
Se ainda há pouco estavas tão branquinha!
Perguntou o Sol que andava ali por perto.
A nuvem estava tristinha
e continuava a chorar...
Um menino com pena dela
Ficou a olhá-la por entre a
cortina da janela.
Até a birra passar.


Logo o Sol apareceu brilhando
e as lágrimas da nuvemzinha
secaram num instante.
UFFFA!!!!
Ainda bem que o choro passou
diz o caracol cansado:

Subi a ladeira dez vezes
sem pôr a casa de lado!
E agora o resultado?
Estou todo, todo encharcado!

Também o corvo apressado
Secou sua asa negra
Para ficar mais brilhante
do que a vizinha toutinegra.
O sapinho não se importou,
até gostou
de na água saltitar!
E o rio ía tão cheio que pensou:
Parece um mar, vou mas é me acautelar
e para a margem saltar.

As borboletas esvoaçavam num rodopio
E até o rouxinol
que tinha perdido o pio,
voltou a cantar, logo que viu o sol.

Ai Jesus quem me acode!
Diz o ratinho a sair da toca
Acuda-me por favor... quem pode?
Já tenho água p'la boca.

Mas nuvenzinhas são agora cordeirinhos
Já não choram, que alegria!
Os dias estão quentinhos
Há azáfama na lezíria.
E todos estão muito felizes!
E ali numa correria andam também as perdizes
Abrem as florzinhas modestas,
tal como a giesta e o alecrim
E nenhuma cheira tão bem como estas
Nem tão pouco as do jardim!

Quando as nuvenzinhas choram, a natureza agradece, as plantas reverdejam, as arvóres sorriem, nasce o milho e o trigo mais depressa e até os frutos crescem docinhos...ora, ora mas os bichinhos têm de se recolher, debaixo das folhinhas. Os insectos mais pequeninos, como a joaninha e o gafanhoto são delicados, os outros animais do campo, tal como o ratinho, ou a toupeira,  recolhem às suas tocas que ás vezes se inundam...pobres bichinhos, e os passarinhos? Esses recolhem-se nos raminhos das arvores, como tem o corpo protegido com penas, não sofrem muito. Ah...mas não há nada como um dia de sol, para todos andarem contentes.

Eu também estou muito contente, gostei da estória que a RITA contou, estive com muita atenção, amanhã venho ouvir de novo.

natalia nuno
rosafogo