sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ser estrelinha


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Que sonho tolo é este
o de querer ser uma estrelinha?
Querer ver-me espelhada no lago
na água transparente e limpinha
e receber no rosto um afago...

Que boa emoção!
Ser estrelinha a sério, não ser só
ilusão...!?

Eluminar os bosques com minha luz
sorrir às flores, adormecê-las...
correr no céu com as outras estrelas
ficar juntinho da lua e ao chegar
da aurora ir dormir e voltar na noite
seguinte.
Ser ardente chama,
a quem os meninos chamassem
de luz, olhar os olhos de quem ama
o pequenino JESUS.

Ser estrelinha, ah...como eu queria!
e não é nada mau ou trágico,
é sómente sonho e magia
é verdade sim, e para mim,
uma grande alegria,
este meu sonho é mágico...

Trago a vida de sonhos embriagada
quero muito ser estrelinha
ter muita luz, ser iluminada...


deixar o campo luminoso
beijar os meninos que dormem
como seria delicioso...
entrar pela janela,
alumiar-lhes a fronte,
para que sonhassem sempre
um sonho risonho de felicidade.

meu segredo?
é mesmo querer ser uma estrelinha
no céu infinito,
de não estar mais sozinha,
este meu sonho pode muito bem acontecer,
ser eterno!
Ou fugaz como uma ilusão!?
mas eu sou uma criança sonhadora,
não me tirem meu sonho, não...

todas as crianças do mundo
já tiveram um sonho um dia
e eu digo que é muito bom sonhar...
digo-te amigo,que queria,
ser estrelinha no céu a brilhar!








rosafogo
natalia nuno
ima-´net







sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Era uma vez uma menina







Era uma vez uma menina de olhos perscrutantes,
em tudo via sombras hostis,e nesses instantes
ficava aflita com medo,
mas quando  olhava de novo apercebia-se que
naquilo que via não havia segredo,

era apenas um gatito, companheiro
 
e amigo que ora saltitava
ora ronronava,
agachado no borralho da lareira,
mesmo ali à sua beira,
e assim passava
ronronando o dia inteiro.
ali perto havia também um pucarinho de barro
no braseiro
com café a aquecer e ao lado um tarro,
com leite acabadinho de tirar da cabrinha,
e portanto tudo era imaginação
da sua cabecinha.

nada havia para além disto…!
a menina
então encheu-se de coragem, soltou as tranças p’las costas
deu mostras,
de ser já uma senhora
... e de repente mostrou-se muito contente
e  efusiva,
trancou no coração os medos,  esses sentimentos  que

estava disposta a esquecer,  e altiva,
cantou até ao entardecer.
O seu rosto era pálido e delicado,
o nariz pequeno mas bem feito,
o rosto rosado perfeito
e o seu olhar tudo  passou a ver  belo e vistoso,
e a vida era uma como flor.
Seus  gestos  decididos, confiante, tratando todos com
amor.
Chegou a noite, as nuvens percorriam o céu,
ralas e finas,
as andorinhas regressavam ao ninho,
e a menina e o gato ali no seu cantinho!
Ouvia-se na ribeira o entoar do coro
das  pequenas rãs, era  o fim do dia
aparecia  a lua, e o brilho do luar, abarcava toda a lezíria,
e a menina sentada à lareira, fechou os olhos
e põs-se a sonhar.
O ribeirinho cantava,  a coruja passeava como era costume
os pirilampos não paravam de acender e apagar sua luz,
cmo se fosse labaredas de lume,
era já tarde na noite, na aldeia estava tudo sossegado,
esperando pela manhã,  e logo que esta rompia,
o galo cantava todo empertigado
querendo acordar todo o mundo, anunciando o dia.

E assim também a menina acordou e o gatinho miou!
Entretanto as brasas tinham-se apagado na lareira,
era preciso ateá-las de novo para preparar o pequeno almoço,
as vespas já zumbiam à volta das flores,
as abelhas não dormiram
por causa do perfume que impregnava o ar,
a menina ainda meia dorminhoca que é como quem diz meia  a dormir,
abre a porta para apanhar ar puro e
uma vez no limiar diz a sorrir:
que bem me sinto até bafejada pela felicidade
que é disfrutar da natureza, o resto pouco me importa
no meio de tanta beleza!


Às vezes assustamo-nos sem razão, acontece quando o dia está cinzento e quase sempre ao anoitecer, surgem então sombras e pequenos barulhos, que mais não são que falta de luz que provocam estas ilusões ao nosso olhar, pingos da chuva que caem do telhado ou das das folhinhas das árvores que se movimentam com o vento. Mas logo surge um dia de Primavera claro e tudo volta a brilhar e a sorrir-nos, aí saltam os pequenos pintarroxos, as milheirinhas, as carriças, as rolinhas, e outros mais... então, é ter tanta felicidade por ver tanta alegria, que esquecemos os nossos medos ou (fantasmas) também assim se chamam.

natalia nuno
rosafogo
imag-net





domingo, 21 de outubro de 2012

o passarinho cantor...




antes do nascer do dia
lá pela madrugada
bem cedinho,
ouviu-se alguém que fugia
pela calada
deixando o ninho.

- pois era o passarinho,
o último a sair do ninho
 e a ir à sua vidinha,
já estava crescidinho
e aventurou-se... ainda o dia
estava escurinho.



aparece o sol então!
- o astro rei, raiando em toda a campina
e o rio vai correndo,
cantando todo o dia
sua melodia,
enquanto o passarinho traquina
se diverte e se espaneja
tomando banho ...

mas entretanto apanhou
um susto tamanho!!!

as suas asas molhadas
pesavam tanto, tanto!!
que ele se assustou,
julgava ele... não poder mais voar!
mas logo apressadamente o sol deu ajuda
e lá as asas lhe foi secar.
- o nosso passarinho
não voltou ao ninho!
andou de salgueiro em salgueiro,
trepou todos os raminhos,
Photobuckete, depressa aprendeu a comer baguinhos!
...baguinhos e sementes,
que é o que comem
todos os passarinhos enchendo os papinhos.

depois experimentou chilrear!!!!
e gritou a plenos pulmões,
para a campina animar,
ali perto os tentilhões,
os pintassilgos, as milheirinhas
cantavam todos ao desafio,
e não é que o nosso passarinho,
- o tal que saíu do ninho
entrou bem na cantoria,
e ao fim do dia,
cantava como os demais,
afinadinho...!!!

foi cantando alegremente...

ía o sol no poente...
já todos se recolhiam...sim,
todos se recolheram cedo!
voaram aos seus ramos preferidos
para passar a noite,
sem  medo,
todos juntos fazem companhia
uns aos outros e o nosso passarinho
o exemplo seguiu,
já estava a ficar um pouco frio
escolheu o seu troncozinho
para dormitar
e lá se deixou a sonhar...

amanhã vai ao rio voltar
a banhar-se e a esperar o sol,
pois  ele, é um lindo rouxinol!

tem as penas coloridas
de cores brilhantes e vivas
que ele cuida constantemente
pois quer ser muito robusto
e aguentar qualquer susto!

vai saltitar, voar,
arranjar almoço e jantar
ali na campina há muito para comer
sementinhas, grandes e pequeninas
que ele vai aprendendo a colher,
já fez amigos e não vai parar
de cantar,
pois todos temos um dom!!!
e isso é muito bom!!!
então o nosso passarinho já é um campeão
e só tem uma aspiração...
ser livre e feliz...


e assim acaba a estória do nosso passarinho, que como os meninos sabem, é um belo rouxinol,
que gosta de tomar banho no rio,  gosta muito de cantar,  e de fazer amizade...ai até já dele tenho saudade e os meninos não?!
Amanhã venho contar-vos outra bela estória, que sei desde pequenina e que ainda não esqueci...
então até amanhã, durmam bem....

natalia nuno
rosafogo


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A MENINA SONHADORA



é quase noite, noite tão iluminada, pelas estrelas e pelo luar
e a MARGARIDA pôs-se a sonhar...

mirou-se na água e ficou sonhadora
ao ver-se assim nas águas espelhantes e transparentes
tudo era magia
olhou os malmequeres branquinhos
ali ao lado, que lhe sorriam com alegria
queriam vê-la feliz
e logo a lua lhe diz:
MARGARIDA linda menina lembras-me
uma estrelinha,
que brilha na noite escura
com teu rostinho de ternura.



E a menina descuidada,
continuava a sonhar
no sonho havia palhaços e bailarinos
acrobatas, trapezistas,
e tantos outros artistas
que dava gosto ver
e ela se deixava enternecer.


Também ali ao seu lado a gatinha
LILI,
sua amiga e companheira,
a olha com muita curiosidade,
mas não consegue descobrir
o que vai na cabeça da MARGARIDA
e então sente-se perdida,
sem a sua atenção,
e faz um miau...miau...baixinho,
implorando por carinho.

É inútil desviar sua atenção
a menina sonha, num mundo só dela
surgem agora os palhaços
o rico e o pobre
e seu coração,
não encobre
a alegria e é no rosto que se vê
o seu sonhar de fantasia.


Também se aprende a sonhar
e sonhar ajuda a crescer
há tanto para aprender
e também aprender a dar
e é mesmo assim a MARGARIDA,
dá carinho e não passa
 sem a sua companheira
a gatinha LILI
que a segue para todo o lado
ficando sempre á sua beira
bem pertinho...mesmo ali!!!

e lá se vai a lua
já a mãe chama para jantar
a MARGARIDA vai deixar a rua
e o sonho na mente,
para continuar a sonhar
docemente...como se semeasse
ilusões, e carinhosa
canta com sua voz de rouxinol
e até lhe querem bem
a lua e o sol!



natalia nuno
rosafogo



 

sábado, 13 de outubro de 2012

a pombinha da ribeira


Havia uma pombinha branca
que arrulhava todo o dia
distendendo as suas penas
ao calor no cimo dum sobreiro,
de vez em quando, vinha ao regato beber
e arrulhava com alegria...
sem cansar até ao anoitecer.
Quando chegava o brilho da noite
e o vento com seu açoite,
recolhia-se junto ao alpendre
e olhava ao seu redor
com amor,
a paisagem da sua vida,
sim, porque a pombinha
nunca saía daqui
de perto da ribeira,
e logo ali,
tinha os milheirais à sua beira.

Nos céus as nuvens lá nas alturas
em boa verdade vivia feliz,
de vez em quando pousava nos caniços da margem
e nas águas olhava a sua imagem,
logo logo, apareciam os raios pálidos
da lua, a entornar solidão,
pondo todo o mundo às escuras.
Mas a pombinha demonstrava gratidão
tinha alimento com fartura
e portanto ela podia viver
principescamente, feliz e contente,

é claro que a natureza é nossa amiga
e amiga de todos os seres vivos
há até quem diga:
que se vive bem no campo no meio
da urge e do rosmaninho,
apanhando amoras p'lo caminho,
correndo sem freio
p'lo meio da vegetação
banhando-se no regato
quando chega o verão,
ou apanhando pinhas, para
lhe tirar o pinhão,
ou ainda soltar o balão
ou deitar o pião e apanhá-lo na mão,
decerto uma vida alegre e buliçosa
apreciando a exótica presença dos
passarinhos.

Entretanto...

passou inesperadamente um bando de crianças 
vindas da escola,
e a pombinha assustou-se com o ruído,
é que ela é muito boa de ouvido.
As crianças  também vinham felizes,
pois nenhuma foi castigada
levaram a lição estudada!!!

e os meninos bem comportados
são sempre recompensados.


sem tempo, não lhe deram atenção,
ficou triste a pombinha...!
Mas quem sabe não acabe a sua solidão?!
Amanhã, ou depois, outras pombinhas por ali aparecerão,
vai-se acabar a melancolia
pois amanhã é outro dia...

no abrigo do sobreiro,
a pombinha continua ainda hoje a arrulhar
e quem sabe vai mesmo arranjar par
para fazer o ninho,
onde vai pôr os  ovinhos
e esperar que nasçam os filhinhos.
Isto acontecerá lá para a primavera,
mas ela espera e não desespera
porque é uma pombinha feliz!

temos de ser aliados da criação,
protejer todos os seres vivos
e lembrarmo-nos que as avezinhas são felizes
em liberdade...

Viva a liberdade!



natalia nuno
rosafogo

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O RAPAZ DA FLAUTA






O gato TARECO habituado a fazer ron ron, ron, ron...
e a dormir uma soneca toda a santa tarde,

acordou ao som duma maravilhosa melodia
que o encheu de curiosidade,
 e lá estava o Toninho, tocava na perfeição
e ninguém o ouvia,
dava até a impressão
que só o gatinho existia!
No poial da sua porta, sonhando,

sonhando, lá vai tocando,

pensa um dia ser artista...
vai tocando sempre, orgulhoso e pensando

ser um  grande Flautista.

Mas, hoje sente-se feliz e descuidado
tem a seu lado,
o amigo TARECO que não perde uma única nota
nesta pacata aldeota
onde vivem os dois.
Na aldeia há mais artistas...ah pois!
Quem não conhece o Ilusionista?

O tal! Pois aquele, ai...como se chama?
Hum!!!!Não me levem a mal... já sei,
lembrei...!
O CALINAS,
aquele que faz aparecer e desaparecer,
que engole serpentinas...


Cá eu, gosto muito de ver!

E os meninos e as meninas?

Prestem bem atenção
que em vez de serpentinas,
deita a língua de fora,
e sem demora,
aparece logo um leão,
que ruge e faz ão...ão...ão...ão,
ou será um cão?

Bem, depois também há um Cabeçudo,
que de tão grande que é...

provoca por onde passa um grande banzé!
Ah! Pois é!
Ele cai para a direita
e logo para a esquerda,
e dizem os meninos em coro, é
bem feita...é bem feita...!

E sempre lhe dão um empurrãozito
para o ver a cambalear,
coitado do Cabeçudo tão pesado,

coitadito,
nem sabe como se endireitar.
Outra artista, também ela conhecida,
é a Rosinha dançarina,
que dança, dança sem parar
e também sabe tocar,
é uma linda menina,
que veio para a aldeia morar.

Ai... mas lindo de ouvir é o Toninho,
tocando sua flauta,
logo o gatinho
Tareco é o primeiro a vir, para o ouvir,
mas daqui a pouco aparece toda a malta
que é como quem diz:
todos os amigos e vizinhos
que darão gargalhadas
de alegria e emoção
e palmas baterão...
e distribuirão entre si carinhos.

Com a companhia dos amigos,
tudo tem mais sabor,

a festa tem mais cor
Vamos então bater palmas ao Toninho
Sim senhor!


 


natalia nuno
rosafogo
imagens da net







terça-feira, 10 de julho de 2012

O DOMINGO DA JOANINHA

Ora vivam meninos e meninas....ai desculpem, estava a ler minha história em voz alta,
esqueci-me que não percebem o meu falar....
Eu sou a JOANINHA, poetisa!
Para ler e escrever ensino quem precisa.
Um livro anda sempre comigo
E partilho sempre que encontro um amigo.
Trago também meus óculos de sol
E para me fazer companhia um girassol!

Ao domingo à beira rio
Quer faça calor ou frio
Lá venho eu para o meio da natureza
Hum!!!Este aroma a rosmaninho
A água fresca a correr
E aqui bem pertinho...
Belas amoras...madurinhas, prontas a comer.

Estou a ler, uma história muito engraçada
que fala dum monstro e duma fada
bela, com um bom coração
Que acha o monstro bonito, e até lhe pega na mão.
Estou muito entusiasmada
Já vou a meio do livro e sem me cansar!
E então só vou parar!
Quando a fome apertar.

Nessa altura, vou apanhar amoras
Tão vermelhinhas e gostosas
Andam lá as abelhinhas gulosas
para fabricar o mel docinho.
E também o meu vizinho,
o pequeno ROUXINOL


                                                        que passa a vida a          cantar, começa logo
ao nascer do sol.
Depois vou ao rio beber
Tão transparente que a água é !
Fico ali a olhar-me, e, molho até meu pé.
Entretanto volto à leitura
para não perder o fio à meada!
Logo vos conto antes que chegue a noite escura
Assim que der a história por terminada.
Hoje é domingo dia de descansar
O prado,
está muito sossegado
Ouve-se aqui e ali
O cantar...
O cantar dos amigos passarinhos,
que já fizeram os ninhos,
onde cresceram os filhinhos
Mas não incomodam ninguém!
P'lo contrário são até um entretém.
Escuta-se a melodia
que anda p'lo ar
E eu vossa amiga Joaninha, fico a sonhar,
com a fada e o monstro,
mas a história está prestes a acabar!
E eu fico triste, mas não demonstro.

Ponho cara alegre, fico a sorrir,
e se algum amigo quiser vir...
Aprender a escrever e a ler
Podem crer...
Que eu vos vou ensinar e podem até me ouvir a declamar
Gosto de poesia
que fale da natureza
dos amigos, da saudade
Com clareza,
e
com verdade.

E pronto adeus até outro dia!!!!


Esta Joaninha, é muito gentil, gosta de ajudar e partilha com alegria as estórias que vai lendo, no próximo domingo, cá estará para vos contar como foi a sua semana, dado que está de férias, vai ter muito que contar, quem sabe até traga mais algum amigo, para lhe fazer companhia.
 
 
 

rosafogo
natalia nuno
imagem da net.


sábado, 7 de julho de 2012

A REPORTER MARGARIDA E O COELHINHO ANÃO

Uma notícia em primeira mão
Nasceu a menina cegonha,
bem bonita e risonha.
Contou-me mesmo agora
o coelhinho anão,
que soube da notícia na hora!




Este coelhinho, vive ali perto
Mesmo... no quateirão ali ao lado!
e conta que a lezíria estava um deserto
Mas com este acontecimento tão falado
todos acorreram a felicitar
a mãe cegonha,
que  orgulhosa os veio a todos saudar.


Dizendo:
Aqui, onde todos nos damos bem!
Um nascimento é um acontecimento
que a todos faz feliz!
Hoje que não fique em casa ninguém
que venha o Sr. Coelho Anão
e a comadre Cordoniz, a Perdiz,
venha também pois então!
A Srª toupeira, o gafanhoto e a milheirinha
que vai ser festa de arromba,
pois nasceu  minha filhinha.

- E todos foram-se aproximando!
Uns voavam, bem abertas suas asas,
por cima dos telhados das casas.
Outros corriam pela lezíria soalheira
E a mãe cegonha fazia equilíbrio em cima do ninho
Com a filha bem pequenina ali à beira,
a pedir atenção e carinho.
Ainda alguns se atrasaram
pois na ribeira se espanejavam,
queriam ir bem asseadinhos
à festa que todos sonharam,
Acabadinho de chegar, cheio de calor
estava o Sr. Caracol que sempre se atrasa,
Resmungão vinha o Sr. Furão a rebentar de furor,
e o Sr. Grilo que se descuidou e sujou a asa.


Fazem todos uma grande algazarra!
Pois é dia de festa...
Ah...chegou a D. Cigarra
Que logo a sua bela voz empresta.
Canta, canta muito sem parar!
Canta tanto que a todos faz alegrar.


Todos os bichinhos estão solidários
ajudando à festa, tão lindo acontecimento
O nascimento da cegonha menina,
Que é branquinha, sua penugem, parecendo
seda fina.
Acabada a festa, cada um regressa a casa
uns batendo asa
Outros conversando p'lo caminho
E o Coelhinho Anão,
Que mora mesmo ali no quarteirão
ao lado...
É muito simpático, muito dado!
Foi ele que a notícia me deu
em primeira mão.


Antes de acabar o Verão
O coelhinho Anão,
também vai ser pai!
Ai vai, vai!
Mais uma notícia em primeira mão.





Eu sou a Margarida, e estou de férias na aldeia da avó, então aproveito faço a reportagem a assisto a esta grande festa na lezíria com todos estes amiguinhos gentis. 

É verdade há muita animação muitos habitantes novos na lezíria, ali há alimento que
chega e sobra para todos, então vivem felizes, em são convívio, muito solidários, aproveitando o solzinho que aparece todos os dias, a água fresca do rio, onde gostam de se banhar, e onde as rãs cantam de manhã à noite.
Como são tão felizes não perdem um acontecimento, tal como um nascimento, logo todos acorrem, para visitar o recém nascido. Por isso eu sou muito amiga dos animaizinhos, não faço barulho e falo baixinho quando caminho a pé, dado que eles estão no seu habitat, tenho que os respeitar, evitando assustá-los.
Para o ano, nascem de novo, mais cegonhas, que gostam de morar lá no alto para não serem incomodadas, e logo...logo eu recebo uma nova notícia em primeira mão e venho a correr contar-vos.


Juntem-se à festa meus amigos e divirtam-se!


E então, lá haverá festa de novo
Mas desta vez não será o Coelho Anão
a dar-me a notícia, em primeira mão
 mas sim quem sabe a  Cegonha...
que agora ainda no ninho sonha.

















natalia nuno
rosafogo








quinta-feira, 17 de maio de 2012

A MARIANA E A AVÓ LENA















Vês ao longe todo aquele verdinho?
Parece até uma penugem brilhante...
São os trigais...com papoilas
e malmequeres, diz a avó.
A MARIANA, tem um rostinho de cereja
muito coradinho,
é com muito amor que a avó LENA, sempre
a beija.


Hoje a MARIANA foi passear e livre correr
Com uum sorriso tonto no rosto
de alegria é bom de ver!!!
Gosto!!!Gosto, muito de ti
avó LENA
e quando te fores embora, vou ficar cheia de pena.


Olha aquele campo de margaridas
Como tem uma luz diferente
Estão felizes com a presença da gente.
Nestes passeios até me arrepio
é como se sonhasse e no sonho
fantasio.


Avó, é tão bom
trazer o cabelo desfeito ao vento
Arrebatada por vendaval de esquecimento.
Invento, passeios quando não estás
E fico muito triste, porque não quero que vás.
Já sou uma menina crescida
E sei que a vida é assim!
Por ti nunca serei esquecida
Nem tu serás por mim!


Vamos recordar as margaridas
e as papoilas ondulantes
Prometo que não vou chorar
Só ficar triste por uns instantes
Quando a Portugal chegares
Uma carta me vais escrever
E eu darei uma gargalhada
Pois já sei ler...já sei ler!!!!
Minha avózinha amada...


Esta estória é real, a MARIANA, é uma menina que vive num país distante, e quando recebe a
visita da avó LENA, fica delirando de contente, pois dão passeios pelos campos floridos, tiram fotos,
é um tempo bem divertido, mas a avó tem de regressar e aí a MARIANA, fica triste, embora compreenda que assim tem de ser. Logo...logo...há um novo encontro e a avó LENA fica muito admirada pois a sua linda menina já está muito mais crescida. As saudades, fazem-nos felizes quando se dá o reencontro, aí então há abraços e sorrisos e às vezes até lágrimas de alegria. A MARIANA sabe que os avós lhe querem muito bem.


Amanhã volta a pôr aquele sorriso tonto de alegria no rosto... no seu rostinho de cereja, bem coradinho da correria...é que ela está sempre pronta para uma nova passeata.




natalia nuno
rosafogo

sábado, 7 de abril de 2012

O TÓ E O CÃO NARUK




O TÓ é um menino que apascenta as cabrinhas, leva-as todos os dias aos pastos verdes
para que elas fiquem felizes e encham a barriguinha, depois...bem lá para a tardinha regressa
a casa onde o espera o avô afim de procederem à ordenha.


O TÓ, tem muitos amigos lá na sua aldeia
mas sonha que há-de ir para a cidade
pois é um estudante de mão cheia
e logo, logo, terá mais idade!


Ah...mas ainda não partiu
e já sente que vai ter saudade
Dos prados, do rio...
E dos amigos por quem tem muita amizade.
Às vezes conversa com o amigo RUI
e lhe confessa ...olha RUI eu já estou com saudade
e ainda não fui...
Diz o RUI, arranjaremos maneira de cá voltar
talvez na primavera
Vamos os amigos todos juntar
pois a nossa amizade é sincera.


O avô do TÓ já procedeu à ordenha
há leite fresquinho,
para beber e fazer bom queijinho.
Hoje o avô está feliz pois nasceram
dois cabritinhos,
com tão poucas horas de vida
já andam aos saltinhos.
Amanhã já vão ao pasto com o TÓ
e assim o menino com tanto amigo
nunca se sente só.


lindos cachorros
Ah...já me esquecia...
É que o cão NARUK,
Também faz muita companhia.
Não deixa tresmalhar as cabrinhas
trá-las todas sempre juntinhas.
E faz  ão...ão...ão...!
Vai latindo sem parar
Como quem diz: por aí não...por aí não!
Fazem favor de voltar!
É uma grande ajuda que o TÓ tem
e é um grande amigo também!


Ora bem, quem nasceu na aldeia
não esquece nunca os dias ensolarados
as árvores em flor
o cantar dos pássaros em liberdade
Os amigos amados
O seu primeiro amor
E tudo lembra para sempre com saudade.


As primeiras letras e algarismos,
o primeiro professor...
A escola branquinha com risca amarela
E a secretária onde se sentava, junto dela.
Lembrará o quadro, e o adro,
as brincadeiras à apanhada
e as ruas estreitinhas da terra amada.
As hortas, e as festas tradicionais
Os foguetes a banda, não esquecerá jamais.


Mas o TÓ vai crescer e tomar rumo na vida
leva no coração a terra querida
e quando tiver netos, vai contar-lhe a sua história
e tudo o que guarda na memória.


Espero que os meninos que ouvirem a história, não se esqueçam do TÓ
pois na verdade é um menino com muitos bons sentimentos, sempre pronto a ajudar
na lida do campo os avós que o ajudam também a crescer, dando-lhe lições de vida.


rosafogo
natália nuno

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A LAURINHA E O AVÔ QUIM




A LAURINHA olha atentamente o avô Quim que anda a semear os coentros,
num canteirinho virado ao sol, e abrigado do vento. Ao lado está o canteiro
das ervilhas de cheiro e bem colorido já ... está o preferido do avô que é
o canteirinho das alfaces verdes e roxas, crescendo dia a dia que dá gosto ver...
Mas a menina se preocupa com a saúde do avô e acha que ele deve estar cansado.


Ai avô... quem dera ter uma horta assim!
Para plantar coentros salsa e alecrim...
Mas claro tenho que aprender
E é contigo se me quiseres ensinar,
eu prometo merecer,
e quando souber plantar e cuidar
Aí sim... já tu podes descansar!


O avô QUIM, ficou bem animado,
com a oferta da LAURINHA
Ui...suspirou de tão cansado!
Sentou-.se perto da sua netinha,
contando-lhe muitas histórias de quando era
da sua idade...e,
ai como a lembrança lhe trazia saudade!!!
Até uma lágrima rolou
no rosto do avô.


Então lembrou que em pequenino,
tinha um burrinho
Que o transportava a caminho
da horta, outras vezes o levava pela arreata.
Cinzento era o burrinho, côr de prata!
E olhos meiguinhos, lá ía com passos miudinhos,
ao encontro de seu avô,
enquanto a avó ficava em casa cozinhando
o almoço.
E de novo suspirando
diz o avô com saudade: ai... como eu era tão moço!


espantalho decoupage




Conta que com paciência seu avô
lhe ensinou
a fazer um assobio
com uma cana verde que apanhou perto do rio.
A menina ouviu...ouviu...
e não desistiu, com olhar sorridente,
ao contrário do olhar sombrio
do avô QUIM disse:
Avô um dia, vou contar aos meus netos
que tu eras muito meu amigo, que eu
era a neta a quem davas mais afectos.


E assim num abraço apertado a LAURINHA,
demonstrou o seu amor pelo avô, e nunca vai esquecer as lições sobre horticultura.
Quando florirem os seus canteiros de cheiros e de flores que tratará com ternura,
levará também para a avó MARIA
que ficará tão contente, que a abraçará com alegria.


Finda esta estória aqui, mas já vinha aí a saltar um CABRITINHO que acabou de nascer, e a LAURINHA, vai voltar para outra estória contar, pois é verdade...é que ela também gosta muito dos animais, e lá na quinta eles nunca são demais. Há galinhas no poleiro, e ovelhinhas a pastar, a comida está no celeiro e não convém acabar, mas a natureza tudo nos dá... devemos aquietar-nos...e aceitar  o que nos é dado... a cada dia que passa e assim sermos felizes com a ajuda de Deus!


susan-van-horn-344






















natalia nuno
rosafogo

todas as imagens são retiradas do blog imagens para decoupage.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A MANELINHA E O VERDILHÃO



Era uma vez uma cerejeira frondosa
e com cerejas vermelhinhas, bem cheiinha!!!
Deliciosas.


Ora andava ali perto a Manelinha
que ficou surpreendida.
Seria capaz de apanhar alguma?
Esticou-se muito para ver se ficava mais comprida
Mas não conseguiu apanhar nenhuma.
Até que teve uma ideia!
E começou numa corrida
Foi até a casa, pegou numa cadeira
e foi de novo à cerejeira.


Ora agora muito bem,
com cuidado, já lá chegava a uma pontinha
Mas e onde colocava as cerejas?


Ai esta menina Manelinha!!!


Para que vejas...
Lá vai ela a casa de novo,
buscar um chapéu de palha
pequenino...nele não cabia nem um ovo!
Ai Deus me valha!!!


Bem... fez um montinho de cerejas no chão
E pensou...vou-me deliciar!
*****
Só que andava ali à espreita
Um vistoso verdilhão...
Só a espreitar...a espreitar...
Para as cerejas ir debicar.
*****

Hum...que apetite, que festim!
Diz o verdilhão contente.
Tanta cereja prá gente!


Mas que grande folgazão!
Diz a menina ao verdilhão:
Vá lá não te assustes, podes comer,
as cerejas chegam para ti e para mim,
e nos ajudam a crescer.
Assim,
dividindo as cerejas com o passarinho
a menina ficou feliz, afinal ...
valeu a pena o trabalho! Fez bem em não desistir
eu cá também acho!
Era uma pena ter as cerejas ali à mão
bem vermelhinhas e não dividir,
com o amigo ...o passarinho verdilhão,
que é muito brincalhão,  e saltita daqui
para ali...
E para a Manelinha é mais uma surpresa
sempre que ele aparece...
Os dois gostam muito da Natureza
E cuidam-na que ela merece!

É a natureza que:

Dá-lhes a água da ribeira
O sol que os aquece.
Os frutos da cerejeira
E também os da macieira
E as laranjas da laranjeira?
Ah... e o chão macio pra as canbalhotas,
a brincadeira.


Dão voltas e reviravoltas
Sentem-bem ali na horta verdinha
No céu passeiam-se as nuvens soltas
Enquanto brinca o verdilhão e a Manelinha.


E assim acaba o domingo que esteve ensolarado,
fechei a porta com muito cuidado
e fui até à horta,
para ver se estava tudo regado.
É que as plantinhas e as árvorezinhas, têm mesmo que ser regadas,
cuidadas,
bem, fui logo p'la manhã,
apanhei salsa e hortelã,
e também erva cidreira,
foi então quando vi a menina
a apanhar cerejas da cerejeira.


E foi lindo ver o à vontade
da Manelinha e do passarinho verdilhão,
como eles fizeram amizade,
Como foi tão bonito! Tão....


Foi mais uma estorinha, esta arrancada da imaginação, só para ver se os meninos gostam e lhe dão
atenção.


natalia nuno
rosafogo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A HISTÓRIA DA FIGUEIRINHA



Hoje lembrei duma figueirinha muito especial, então resolvi contar a
história bem real.


Era uma figueirinha, a tantas igual
Foi plantada no tempo dos bisavós
Mas em dia de temporal
Foi arrastada pelas águas
Ficando no meio do rio
A sós...!
Porém,
tinha a raíz bem forte
ficou sempre à terra ligada
e ninguém
conseguiu dali arrancá-la.
Nem o vento do norte!
Pois tinha a amizade da menina a segurá-la.


A figueirinha que vos falo, era
bem mimosa, ostentava suas verdes folhas
e seus belos figos roxos...
Na Primavera,
lá ía sua amiga a menina com quem conversava.
A menina ao tronco trepava, sentava-se,
e a figueira a convidava a comer seus figos roxinhos.
A menina agradecia, comia
e repartia com os peixinhos...
Ah! E também com os passarinhos...,
que por alí perto nos salgueiros tinham os ninhos.
A menina e a figueira eram então muito amigas,
em troca dos figos a menina cantava-lhe cantigas
com muito amor,
a música vinha do rumor
das agúas do açude,
que caíam em catadupa, brilhando ao sol da tarde...
Ah! Como a menina tem saudade...!


Molhava os pés...e ria...ria com alegria.
Ali só estava ela a figueirinha e por companhia
os peixinhos, e os passarinhos.
Durante muitos anos sempre houve esta amizade
Todos compartilhavam suas vidas,
a menina e a sua ansiedade...
queria ser grande ter mais idade!
Os salgueiros queriam suas hastes, robustas mais crescidas.
O rio enlouquecia por chegar ao mar
Os passarinhos de ramo em ramo não pararam de saltitar.
O açude esse continuava a cantar, melodias de encantar,
e a figueirinha...essa, esperava p'la menina, sempre na ânsia de a ver regressar.


Lá ficou no meio do rio, aguentando as investidas
do temporal.
E foi assim tal qual!
Um dia já cansada
de esperar se deixou adormecer,
e assim, p'la água foi levada
acabou por morrer...



Mas não fiquem tristes...
Pois...valeu a pena prá figueirinha viver,
sempre  teve bons amigos, viveu feliz
e hoje a menina a recorda com muita ternura.
E assim ERA UMA VEZ...uma figueira diferente
Que dava figos com doçura,
para a menina sómente...!
Que os repartia com os passarinhos
e com os peixinhos,
que também a sua falta sentiram.
E os meninos se admiram?
Foram tempos de muito amor e união!
E que ainda hoje a menina lembra e traz no coração.

São recordações pois então...
gale franey,imagensdecoupage.blogspot.com/


Agora deixa-se na margem a olhar
para aquele lugar,
lá está o rio a murmurar
E ela tudo ainda ama...
E parece-lhe ouvir a figueirinha
que por ela chama!


À próxima virei contar-lhes outra história verídica,  duma menina e seus amigos de escola.
Quem contou a história?
A RITA... claro, a que tem no cabelo uma fita, a que não pára de sonhar...por isso tanta história tem para vos contar.


natalia nuno
rosafogo
imagens do blog imagens para decoupage