quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A JANELA DA LUISINHA

HOJE CONTA A LUISINHA

Tenho uma janela
Onde entra o Sol
E pendurada nela
Tenho a gaiola com meu rouxinol.

Ali perto, mesmo à beira
Coloquei um vaso com uma sardinheira
Noutro vaso um amor perfeito
De vez em quando abeiro-me
e espreito.

Vejo toda a aldeia
e o relógio da torre
e o sino
que toca tão triste...sempre que alguém morre.
Perto da hora da ceia?!
Toca as Avé Marias
E nunca se esquece,
Toca-as todos os dias!

Lá vem a minha vizinha
Vejo- a daqui da minha janela
Quando ela se aproximar
Falo um pouco com ela.
É bom sermos amigas, das mesmas coisas gostar.
Vamos as duas à fonte
Enchemos a cantarinha
Olhamos o horizonte
Quando o sol se deita na sua caminha.

Depois regresso à minha janela
Recollho o rouxinol
Chega a lua e eu espero por ela
Já se foi entretanto embora o sol.
Rego também a sardinheira,
de seguida o amor perfeito,
e o gato ciumento deita-se à minha beira,
para que lhe dê mimos,
Ah...este gato não ganha jeito!


Já tudo está bem sossegado
Nesta aldeia tão amada!
Só o gato a meu lado...
E eu na janela debruçada.
Amanhã chegará o sol
Que me entrará p'la janela
Coloco de novo aqui o rouxinol
Volto a olhar a aldeia, e a beleza que vejo
nela.

Boas vistas se disfrutam da nossa aldeia, os arrozais bem verdinhos, os milheirais, o sol a nascer, a fonte a correr, as casas caiadas de branco com risquinha azul ou amarela, aqui da minha janela tudo se avista, por isso mesmo, quando vou à cidade, volto sempre aqui com muita saudade...
Assim acaba a história no era uma vez...com um final feliz!

rosafogo
natalia nuno
imagem do blog para decoupage

Sem comentários:

Enviar um comentário