sexta-feira, 17 de junho de 2011

A RATINHA NINI

ERA UMA VEZ...

Quando eu era pequenina
Sonhava com a cidade
Mal sabia que a minha sina
Era ter do campo saudade.

Pus-me no cimo do monte
Olhei tudo ao meu redor
A cidade pra lá do horizonte
Como eu lhe tinha amor.

A cidade tem seu encanto!
Muitos sítios para passear
Cada recanto  é um espanto
Mas gosto mais do meu lugar.

Aqui há sol e muito trigo
Há  água com fartura!
Também por cá tenho amigo
Que me trata com  ternura.

Agora se vou  à cidade
Demoro pouco, pois então
Porque fico com saudade
Do meu pedaço de chão.

Vou só por uma temporada
Sou uma ratinha bem  aldeã
Gosto de queijo e salada
E gosto muito da minha irmã

Aqui a comida é outra
Nas hortas e nos pomares
Às vezes encontro a lontra
Que ouve meus desabafares.

Os gatos de bigodes farfalhudos
Correm tanto, causam-me aflição
Ou escondem-se caladinhos, mudos
À espera da minha distracção.

Fico-me por aqui nas traseiras
Vem o gato, dou uma corrida
Estão por perto as minhas leiras
Não falta animação!
É bem divertida a Vida!
Com o gato por perto é que não....
Eu sou muito aventureira
Gosto de procurar raízes
Mas com o gato à minha beira
Lá se vão meus dias felizes.


A NINI era uma ratinha da aldeia, que sonhava ir à cidade, até que um dia, apanhou o combóio das cinco horas da tarde, aquele que passa rápido e lá foi, a esperá-la estava um amigo e os dois divertiram-se imenso, mas o trânsito era complicado e a NINI, depressa se cansou e voltou para a tranquilidade da lezíria, onde só o gato preto, dos bigodes farfalhudos a atemorizava.
Mas o nossa amiga era muito boa corredora e sabia todos os recantos do seu lugar, então se refugiava mal o ZÉCA aparecia. De resto vivia tranquila e feliz, acordava com o galo a cantar cinco vezes pela madrugada e deitava-se com o sol a desaparecer no horizonte.

natalia nuno
rosafogo
imagem do blog inagem para decoupage

Sem comentários:

Enviar um comentário