Este blog tem a finalidade de deixar alguns poemas infantis, alguns entraram em Antologias a favor das crianças e foi um prazer enorme criá-los. Sempre que voltar à meninice soltarei por aqui mais um poeminha.
Acho que me vou divertir imenso!
Este poetar faz as minhas delícias...
A Aranha estende a armadilha Para ver se alguém cai Logo tudo se ensarilha Ai meu DEUS o que ali vai! Anda a Libelhinha distraída a esvoaçar aqui à volta, como quem anda perdida. Nem se lembra do Peneireiro aqui á solta!
O Peneireiro é um passarinho Que gosta de andar ao sabor da aragem Lindo! Esvoaça, abrindo a plumagem.
Hoje todo o Mundo parece alvoroçado Os bichinhos andam no prado Mas só o Pica-pau assobiava E o Gafanhoto saltava Ah...mas o Peneireiro...! Esse muito saltitava Entrou devagarinho no celeiro Do tio JOAQUIM E encheu o papo, e depois veio para o jardim apoquentar os demais! Mas estava tão feliz Que até assustou os Pardais. Um Tordo que por acaso ali passava Pousou num ramo da cerejeira Eis quando sem querer com o pé, a Joaninha esmagava. Chorou tanto! Coitada é que lhe fez mesmo doer. Ficou toda a tremer!!!
Mesmo ali á beira, O Porco Espinho Estava ao sol de barriga pró ar Não deu conta de nada, quase adivinho... Que continuou a ressonar! Escondidinho numa caminha de folhas de sabugueiro, onde dorme o dia inteiro.
HUM!!! De repente deu-lhe o cheiro Espetou as orelhas no ar E pensou: Ah...este Peneireiro, ainda o vou apanhar!
É que era tal o reboliço!!!!! Que ninguém podia descansar.
Então!!!!Vamos lá a ver isso! Caluda, que é a hora da sesta! Ou o senhor Peneireiro pensa, que aqui há festa?
Não há tempo a perder O Ouriço tem razão! Diz o Tordo, que ainda não conseguiu comer, as cerejas descansado. Oh Senhor Peneireiro!!!! Não se faça convidado. Os frutos são minha dieta Se o senhor já tem o papo cheio Vá-se embora... Deixe a Libelhinha quieta. Ía a conversa a meio Sai da gruta um fantasma esquisito Todos de cabeça no ar... Que fantasma!!!! Que até sabia voar! Então quem era? O senhor Mocho que se dirigia para a floresta.
E do dia Já pouco resta! Cada um vai á sua vida Que a briga já está esquecida.
Hoje esteve um dia de sol, os bichinhos se divertiram, ás vezes se zangam, porque uns são mais barulhentos, quezilentos, mas depois acabam sendo todos amigos. Agora já todos no campo dormem, cada um no seu galho, ou no seu cantinho feito de folhinhas fofas, só anda mesmo por aí a Coruja e o Mocho, que de noite se alimentam e por isso saem ao entardecer...ai, ouvi agora um grande estrondo, é um trovão, já sei... vamos ter mau tempo, mas eu sou um Melro muito esperto, vou direitinho ao telheiro do vizinho Joaquim e lá não apanho chuva.
Meninos vamos todos a recolher, amanhã venho contar outra estória, não percam!
Uma menina que vivia rodeada de flores Num campo lindo onde os miosotis Cresciam ...cresciam, deixavam seus odores E perguntavam à menina: Mas porque não ris? Andava ali por perto Um cantante rouxinol Mas a vida da menina era um deserto Quer houvesse ou não o calor do sol.
Um dia as borboletas, também chamadas mariposas Juntaram-se e combinaram fazer a menina rir
Como perguntam vocês:
Levaram-lhe rosas abelhinhas para zunir Até um zangão! Para lhe adoçar o coração. Voltearam, voltaram a voltear Á sua roda, para a menina alegrar.
Eram coloridas as borboletas , de asas azuis, cor de fogo, amarelas castanhas, e volteavam sem parar Mas a menina em vez de rir continuava a chorar.
Já desesperadas sem saber que fazer Foram ao canavial,... e, duma cana bem verdinha fizeram uma flauta! Que magia!
Nessa mesma tardinha a menina se alegrou Pois o que ela queria? Era ser bem feliz tocando e a música saía do seu coração, as abelhinhas e também as borboletas E até o zangão... Dançaram até cansar! Felizes por esta estória tão bem acabar.
A menina triste, hoje está contente Vive no jardim onde habita o rouxinol Aquele cantante, que abre p'la manhã sua goela E com a companhia do sol Todos estes bichinhos São a companhia dela.
A amizade não se compra nem se vende, entrega-se de coração, como se dá uma flor... tal qual o cheiro da flor entra pelas nossas narinas, também a amizade entra em nossos corações. As flores tratam-se com muito jeitinho e então os amigos? Claro faz-se por merecê-los com pequenos gestos carinhosos e com palavras ditas com sinceridade. Brevemente conto-vos a estória do menino de olhos aflorados e vivos que tem uma bola de trapos e joga com os outros rapazes lá no largo da igreja, que também se pode chamar o adro da igreja, ali eles, sabem sempre as horas certinhas, pois o relógio da torre da igreja hora a hora vai tocando para toda a aldeia ouvir. Gostaram da estória? Outras tantas posso escrever e desvendar-lhes muitas coisas que eu sei!